Nossa História

Como as mulheres  de Jerusalém


“Filhas de Jerusalém, não choreis sobre mim, mas chorai sobre vós mesmas e sobre vossos filhos. Porque virão dias em que se dirá: Felizes as estéreis, os ventres que não geraram e os peitos que não amamentaram! ” (Lc. 23, 28-29)

         Mais de 3000 mil mulheres que sofrem com uma gravidez indesejada foram atendidas pelas redes sociais. Uma casa simples. Um coração gigante. Centenas de vidas salvas. Esta é uma pequena síntese da linda história de vida que você vai ler abaixo. 

          Foi com vontade e atitude que a senhora Magdalena Chicon Martin entrou na luta para salvar vidas. Desde pequena ela tinha um sonho: ser irmã Carmelita. Entretanto, a vida seguiu outro curso. Casou, teve filhos, mas o sonho continuava, ficou apenas guardado e protegido no coração. 

Muitos anos se passaram, os filhos já criados e adultos. Ela estava novamente sozinha. Então, pensou: É hora de realizar o sonho da vida toda. Começou a estreitar a relação vocacional através das inúmeras visitas que fazia ao Mosteiro Nazaré de Lages S/C das Irmãs Clarissas Pobres. 


Seu coração alegrou-se. Ela poderia ir ao claustro e viver a alegria franciscana. Depois de um período, foi o que aconteceu.
  
Enfim, estou onde sempre deveria estar, pensava”, Magdalena. Os dias foram passando, estava muito feliz. No entanto, as noites, eram cheias de sonhos que não conseguia entender. Sonhava que o Senhor lhe pedia que cuidasse das mulheres que sofriam, choravam, porque iriam perder seus bebês, como as mulheres de Jerusalém. Mas ao amanhecer, tratava logo de tentar esquecer este sonho, porque estava finalmente onde sempre quis estar, no claustro, com as irmãs, vivendo uma vida de oração, humilde e feliz. O sonho se repetia todas as noites e durante os dias vinha forte à mente e ao coração que precisava conversar com as irmãs sobre ele.

Encheu-se de coragem e conversou com a madre superiora que disse que deveria falar com o padre que era diretor espiritual. Passou um tempo e o sonho permanecia. Então, o diretor espiritual e a madre chamaram Magdalena para dizer que Deus tinha outra missão para ela. Que ela deveria deixar o claustro, com a espiritualidade franciscana, como uma Clarissa dos pobres, ir ao encontro destas mulheres de Jerusalém. Não sabia como se daria isso. Sabia que tinha uma missão a cumprir.

Para poder trabalhar dentro da lei dos homens, irmã Magdalena criou a Casa Mater Rainha da Paz, que desde sua fundação no final de 2010, já acolheu mais de 64 mulheres. Viu nascer 48 bebês. Atendeu pelas redes sociais, via telefone, mais de 3000 mulheres, tendo notícias, que dessas atendidas por estes meios, 700 disseram SIM à vida. Outras não se têm respostas. No entanto, os números mostram quantas vidas foram salvas. Auxiliando as mães na reestruturação da vida e da dignidade, sua doação de vida, permitiu que Gabriel, Rafael, Miguel, Maria, enfim, pudessem vir ao mundo e continuassem vindo tantos outros (as)

Há alguns anos, ela foi entrevistada pela equipe do programa Profissão Repórter, da Rede Globo, o que ampliou esta visibilidade nacional. Enfim, ela cumpre a missão de acolher as “Mulheres de Jerusalém” que choram, sofrem.

A pequena casa já não comporta mais. No Brasil, temos poucas casas de acolhimento para mulheres grávidas, em risco. 

Atualmente, na casa, há 28 pessoas acolhidas.A luta é diária. É preciso alimentar todos, providenciar enxoval, remédios, psicólogos, médicos. Zelar pelo bom andamento da casa, escutar as acolhidas, continuar dando assistência as que já partiram. 


Enfim, a pequena casa já não comporta mais. Em meio, ao intenso trabalho, a irmã Magdalena segue com novo diretor espiritual, para definir sua pertença eclesial. Já sofreu muita humilhação, já adoeceu e deu a volta por cima. Ela segue em frente, porque as “Mulheres de Jerusalém” não param de chegar.

  É urgente ajudar a Casa Mater. 

Os gastos mensais da casa giram em torno de 12 mil reais mensais. A casa vive da providência divina. Ela não falha, nós sabemos mas também sabemos que precisamos fazer nossa parte. As três pessoas que trabalham junto à irmã na casa e, mais um grupo externo de apoio são incansáveis em ajudá-la. Mas, todo mês é preciso fazer eventos, brechós, pedágios, entre outros. Paralelo a isso, há todo um atendimento às gestantes, aos familiares, aos atendimentos nas redes sociais. O ritmo da casa é muito forte, entretanto, não pense que a irmã Magdalena se lamenta. Não, ela segue em frente cumprindo a missão. Mas seu corpo começa a dar sinais deste ritmo intenso. Ela tem adoecido, porém logo levanta e segue em frente.

     
Recentemente, Irmã Magdalena, que com todas estas   atividades, ainda consegue participar de conselhos que tratam das causas públicas sobre as mulheres, foi vaiada, em uma conferência da mulher, por defender a vida.

Porém, como o testemunho de vida é que arrasta as multidões, mesmo sendo em menor número aquelas que apoiavam a vida, ela foi escolhida para representar o Estado de Santa Catarina, numa Conferência da Mulher que acontecerá em Brasília, em nível nacional. Não pense que é só deste conselho que ela participa. Ela está presente, onde a causa é lutar pela vida e pela dignidade da mulher e de seus bebês.

Que o sonho de Deus, para Casa Mater, possa continuar se cumprindo por meio do seu SIM à Campanha Amigos da Vida.











Clique aqui e conheça a Campanha.